Enfermeiros terminam quatro dias de greve
A greve de quatro dias decretada pelo Sindicato Independente dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) acaba esta sexta-feira, tendo registado uma adesão média diária entre os 75% e os 90%.
Esta greve dos enfermeiros coincidiu com dois dias de paralisação dos médicos, um decretado terça-feira pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e outro na quarta-feira pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM).
A paralisação dos enfermeiros registou uma adesão média de 75% no primeiro dia, entre os 80% e os 90% no segundo e entre 85% e 90% no terceiro. O presidente do Sindepor, Carlos Ramalho, conta ter neste último dia uma percentagem dentro dos mesmo valores.
Os enfermeiros reclamam o descongelamento das progressões de todos os profissionais, independentemente do vínculo ou da tipologia do contrato de trabalho e que sejam definidos os 35 anos de serviço e 57 de idade para o acesso à aposentação destes profissionais.
Exigem ainda que o Governo inclua medidas compensatórias do desgaste, risco e penosidade da profissão, assegurando as compensações resultantes do trabalho por turnos, defina condições de exercício para enfermeiros, enfermeiros especialistas e enfermeiros gestores que determinem a identificação do número de postos de trabalho nos mapas de pessoal e que garanta, no caso dos especialistas, uma quota não inferior a 40%.
O Sindepor exige também que o Governo aplique corretamente a legislação e o pagamento do suplemento remuneratório a todos os enfermeiros especialistas em funções e equipare, sem discriminações, todos os vínculos de trabalho.
Foram decretados serviços mínimos, como sempre nas greves no setor da saúde, que incluem todos os serviços de urgência, cuidados intensivos e outros, como quimioterapia e algumas cirurgias.
A definição dos serviços mínimos na greve dos enfermeiros teve de ser submetida a tribunal arbitral, por desacordo quanto aos serviços a incluir.