A presidente do CDS, Assunção Cristas, apelou esta sexta-feira à "magistratura de influência" do Presidente da República para responder à "grande crispação social" que o Governo não tem sido capaz de resolver..Falando aos jornalistas nos Passos Perdidos, na Assembleia da República, Assunção Cristas não foi clara se acompanha Marcelo Rebelo de Sousa nas afirmações que o Presidente fez de que o não cumprimento dos serviços mínimos decretados "é intolerável" e das dúvidas que colocou ao financiamento desta greve por crowdfunding..A líder centrista sublinhou, no entanto, que "a lei da greve tem de ser estritamente cumprida" e a mesma deve ser exercida "dentro do quadro legal"..Questionada se concorda com as reivindicações dos enfermeiros, Assunção Cristas foi evasiva, apontando que "o CDS está do lado dos utentes e do Serviço Nacional de Saúde"..Cristas seria bem mais assertiva no ataque ao Governo a quem acusou de estar "a colher os ventos que semeou", demonstrando uma absoluta "incapacidade, incompetência e inabilidade" para negociar, neste caso com os enfermeiros, perante "a degradação do clima de diálogo social"..Perante esta crispação social, a líder do CDS deixou então o apelo ao Presidente da República "para que, no exercício da sua magistratura de influência", possa garantir um "papel moderador" no atual conflito entre o executivo socialista e sindicatos..À insistência dos jornalistas, sobre as afirmações do Presidente da República, Assunção Cristas sublinhou que Marcelo Rebelo de Sousa "tem uma autoridade inquestionável", para exercer "um papel de moderação" e a sua "magistratura de influência" para "ajudar a trazer a paz social".