Empresa recusa-se a indemnizar doente com cancro

Doente oncológico em estado terminal foi o único trabalhador a não ser despedido após o encerramento de ourivesaria
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Carlos Silva tem um cancro no fígado em estado avançado. Aos 48 anos, tem poucas perspetivas de sobreviver à doença que lhe foi diagnosticada em novembro de 2011 e nenhuma esperança de voltar a trabalhar. A ourivesaria onde trabalhava fechou em dezembro mas Carlos não foi integrado no despedimento coletivo. Os patrões dizem esperar pelo seu regresso e que era um "dos melhores funcionários". A família dá voz à indignação do doente: a empresa está à espera que ele morra para evitar pagar-lhe a indemnização.

A ourivesaria Ferdior fechou a sua única loja, localizada no NorteShopping, maior área comercial do Grande Porto, em dezembro último. Na ata da reunião de 8 de janeiro deste ano, em que foi acordada a cessação do contrato de trabalho dos outros quatro funcionários, a empresa justifica a decisão por não ter "perspetivas imediatas e concretizáveis para a abertura de uma outra loja". Mas Fernando e Fátima Carvalho, donos da Ferdior, querem manter o vínculo laboral com Carlos Silva argumentando que esperam ter uma loja aberta quando ele voltar ao trabalho.

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