Empresa chinesa envolvida na produção ilegal de vacinas declara falência

Uma firma chinesa, multada em 9,1 mil milhões de yuans (820 milhões de euros) por produção ilegal de vacinas contra a raiva, declarou hoje falência, na sequência do maior escândalo de saúde pública da China dos últimos anos.
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Em comunicado, a Changchun Changsheng Life Sciences Ltd indicou que um tribunal declarou a empresa como insolvente, decisão que deixa automaticamente de obrigar ao pagamento de dívidas.

Além de ter sido multada, a empresa perdeu as licenças de produção de vacinas, em 2018, num dos maiores escândalos de saúde pública na China nos últimos anos, mencionado mesmo como o maior escândalo de saúde pública nos últimos anos na China, de acordo com o Expresso.

No ano passado, uma investigação à Changsheng confirmou que a empresa recorreu a material fora de prazo no fabrico de vacinas contra a raiva para uso humano, e desde pelo menos 2014 que a firma não registava corretamente as datas ou os números de série dos produtos.

Os reguladores acrescentaram que a empresa destruiu registos para ocultar as irregularidades.

A raiva continua a ser endémica em algumas partes da China.

Informações de que as autoridades não agiram imediatamente apesar das suspeitas de que a empresa teria falsificado registos de produção originaram protestos da população.

Em 2008, um outro escândalo de saúde pública na China resultou na morte de seis crianças e danos para a saúde de 300 mil, devido a leite em pó contaminado com melamina.

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