Empate técnico entre Fujimori e Kuczynski nas sondagens à boca das urnas
Os primeiros resultados oficiais só são esperados às 21.00 em Lima (03.00 em Lisboa), masduas das três sondagens à boca das urnas, que foram conhecidas assim que a votação acabou, às 16.00 em Lima (22.00 em Lisboa), foram um balde de água fria para Keiko Fujimori. Depois de ter vencido na primeira volta e de ter liderado sempre nas sondagens, surgia atrás do adversário, Pedro Pablo Kuczynski, nas previsões dos institutos GfK e Ipsos, sempre em empate técnico. Uma terceira sondagem, da CPI, dava a vitória pela margem mínima à filha do ex-presidente Alberto Fujimori, que cumpre pena de prisão por corrupção e crimes contra a humanidade.
Os números mais desfavoráveis para o fujimorismo eram os do GfK. Aí, PPK, como é conhecido o candidato dos Peruanos pela Mudança, conseguia 51,2% dos votos, contra 48,8% de Fujimori. Mas na sondagem da CPI as posições invertiam-se, com a candidata da Força Popular (que há cinco anos perdeu na segunda volta para Ollanta Humala) a conseguir 51,1% e o adversário, o antigo banqueiro de Wall Street e ex-ministro das Finanças a conseguir apenas 48,9%. A Ispsos dava a PPK 50,4% e a Fujimori 49,6%.
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O fujimorismo entrou em desgraça em 2000 quando, após uma década no poder, Alberto Fujimori aproveitou uma viagem à Ásia para se demitir por fax e exilar-se no Japão. Mas nunca morreu e aos poucos foi recuperando terreno, com Keiko (que foi primeira dama após o divórcio dos pais) a ser a deputada mais votada em 2006 e a vencer a primeira volta das presidenciais de 2011. Contudo, o fujimorismo tem também muitos anticorpos e PPK, que há cinco anos tinha sido terceiro, pode ter conseguido reunir o voto anti-fujimorista.
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