Emmanuel Macron tomou posse e prometeu força e clarividência
Hollande saiu e, minutos depois, Emmanuel Macron tomou posse: faltava pouco para as 11:30 em Paris, menos uma hora em Lisboa, quando Macron se tornou oficialmente o novo presidente francês, o mais novo a exercer funções no Eliseu.
"O mundo e a Europa precisam mais do que nunca de uma França forte", disse Macron no discurso de investidura. "Daremos o exemplo de um povo que sabe afirmar os seus princípios: a democracia e a república".
Começando por constatar a "responsabilidade" que lhe foi confiada pelos franceses a 7 de maio, data da segunda volta das eleições presidenciais francesas, Macron referiu-se imediatamente ao papel global da França na complexidade dos dias que correm: "O mundo e a Europa de hoje precisam mais do que nunca da França. Precisam de uma França forte que saiba inventar o futuro. O mundo precisa daquilo que as francesas e os franceses lhe ensinaram sempre: a audácia da liberdade".
O presidente francês frisou ainda que a França não está em declínio: "tudo aquilo que faz da França um país seguro onde podemos viver sem medo será reforçado. A laicidade republicana será defendida. A Europa da qual precisamos será refundada, relançada, porque ela protege-nos", disse Macron. "Hoje, é o tempo de a França se elevar à altura do momento. O mundo espera de nós que sejamos fortes, sólidos e clarividentes. Assumiremos todas as responsabilidades para dar uma resposta às grandes crises contemporâneas".
O Presidente cessante, François Hollande, já tinha deixado o Palácio do Eliseu, recebendo aplausos dos convidados e dos populares que se encontravam em frente do edifício, depois de ter passado a pasta a Emmanuel Macron.
Depois de um encontro de cerca de uma hora com o anterior Presidente, o novo chefe de Estado acompanhou François Hollande ao automóvel e voltou à entrada do palácio, dando a mão à mulher, Brigitte.