Emissor de localização subquática do MH370 estava sem bateria há mais de um ano
A bateria do emissor de localização subaquática das caixas negras do voo MH370 da Malaysia Airlines estava fora do prazo de validade quando desapareceu dos radares, a 8 de março de 2014, o Boeing 777 que fazia a ligação entre Kuala Lumpur e Pequim, com 239 pessoas a bordo. Este é o dado mais importante que consta de um relatório de 584 páginas, divulgado na capital da Malásia, sobre as circunstâncias que rodeiam o desaparecimento daquele avião.
A revelação de a bateria do emissor de localização subaquática estar, muito provavelmente, inoperacional vem colocar em questão a eficácia das buscas no fundo do oceano. Estas abrangem atualmente uma área de 60 mil quilómetros quadrados a 1600 quilómetros da costa ocidental da Austrália.
Além do facto de ter expirado - em dezembro de 2012 - o prazo de validade da bateria do emissor de localização subaquática, o relatório confirma que ninguém, entre os membros da tripulação, tinha problemas de espécie particular ou apresentava desvios de comportamento nos meses que antecederam o desaparecimento do aparelho. Foram consultadas imagens do momento de embarque do piloto Zaharie Ahmad Shah e restantes elementos, não tendo sido detetado nada de anormal. Uma das teses aventadas de início foi a de que Ahmad Shah, de 53 anos e pai de três filhos, estaria na origem do desaparecimento do aparelho, tendo cometido suicídio ou despenhado o avião nas águas para a família receber um seguro.
O relatório é aqui taxativo: "não existe qualquer registo de apatia, ansiedade ou irritabilidade. Não houve mudança no estilo de vida, relações interpessoais ou tensões na família" de Ahmad Shah. O mesmo se aplica a todos os outros membros da tripulação. Ninguém tinha problemas financeiros ou evidenciou comportamentos divergentes, "mudança de hábitos, desleixo, consumo de álcool ou drogas", refere o documento.