Eminem lança disco de surpresa, com mensagem anti-armas e um tema polémico
Adivinhe quem está de volta? O rapper Eminem surpreendeu os fãs nesta sexta-feira ao lançar, sem aviso, um novo álbum com temas de um forte conteúdo anti-armas, em defesa de um maior controlo do uso de armamento nos EUA, mas em que também alimenta o tipo de controvérsia que lhe trouxe fama.
No álbum, uma faixa chamada "Darkness" conta a história de um solitário que irrompe numa vaga de disparos, enquanto outra música, "Unaccommodating", provocou protestos e "atrapalha" o pedido do cantor americano pelo controlo de armas.
Esta música faz referência ao atentado mortal de 2017 num concerto de Ariana Grande, em Manchester, na Grã-Bretanha, que causou a morte de 22 pessoas.
"But I'm contemplating yelling 'bombs away' on the game/ Like I'm outside of an Ariana Grande concert waiting ["Mas estou a pensar em gritar 'Aí vai bombas', como se estivesse à espera no exterior de um concerto da Ariana Grande"], canta o artista de 47 anos, nascido em Marshall Mathers.
A letra foi recebida com desprezo nas redes sociais, com alguns utilizadores a apelidar o conteúdo de "nojento" e "lixo".
O rapper também divulgou um vídeo para "Darkness", que apresentava áudio e filmagens do tiroteio em massa em 2017 em Las Vegas, o mais mortal massacre cometido com armas de fogo nos EUA, realizado por um único indivíduo.
Termina a pedir aos fãs para que se registem para votar: "Faça a sua voz ser ouvida e ajude a mudar as leis sobre armas nos Estados Unidos", diz o texto final no vídeo.
O novo álbum, intitulado "Music to be Murdered by", conta com participações do falecido rapper Juice WRLD, e ainda de Q-Tip, Ed Sheeran, Anderson Paak e do cantor Skylar Gray, um colaborador regular.
Dr. Dre é creditado como produtor.
Eminem lançou o último álbum "Kamikaze" em 2018 de uma forma semelhante, sem aviso e repentina. Nesse álbum incluiu vários ataques ao presidente Donald Trump.