Emigrante português condenado a 17 anos por violar e matar a mulher

Sentença foi agora confirmada na Suíça. Além dos crimes sobre a mulher, também portuguesa, homem de 59 anos foi ainda punido por abusar sexualmente de dois filhos menores de uma anterior companheira
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Um emigrante português, acusado de violar e estrangular a mulher, em 2014, em Friburgo, Suíça, viu os juízes confirmarem o veredicto da primeira instância, condenando-o a 17 anos de prisão após o seu recurso ser rejeitado pelo Tribunal Cantonal.

Em 30 de março de 2017, o tribunal considerou o homem de 59 anos culpado de homicídio e violação da sua mulher. Além disso, foi igualmente condenado por abusos sexuais nos anos 2000 a dois filhos, que resultam da relação com uma companheira anterior.

No recurso, o português pedira a absolvição dos crimes de abusos sexuais com crianças e de violação. Requereu uma redução da sentença para oito anos de cadeia. Sem sucesso.

Na apreciação do recurso, o Tribunal Cantonal concluiu que o homem foi de facto autor de uma violação da mulher com quem havia casado ano e meio antes. A reação imediata da vítima após a agressão sexual, abandonando a casa do marido e iniciando o processo de divórcio, foi notada pelos juízes que se sustentaram também em declarações que a mulher fez a alguns familiares sobre a violação que sofreu.

O Tribunal confirmou também a condenação do arguido por atos de natureza sexual contra os dois filhos entre 2002 e 2004. Para além das declarações dos queixosos, a opinião de vários peritos foi decisiva.

Os juízes seguiram a opinião do psiquiatra de que o réu sofre de um transtorno de personalidade dissocial com "traços psicopáticos". Por causa do risco muito alto de se comportar como um predador social e na ausência de possíveis tratamentos, a condenação foi confirmada.

O condenado, que vive na Suíça desde 1989, era casado desde 2013 com a vítima, também portuguesa, de 52 anos. O relacionamento terá sido sempre conflituoso e com episódios de ciúmes. Depois da violação em novembro de 2014, a mulher finalmente pediu o divórcio.

Na tarde de 29 de dezembro de 2014, a mulher havia regressado a Friburgo após passar o Natal em Portugal e, já separada, estava na loja onde trabalhava quando o homem apareceu para conversar com ela. Foi ali que acabou estrangulada com o próprio lenço que usava ao pescoço. Ainda foi hospitalizada mas morreu no dia seguinte.

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