Emigração para a Islândia cresce pelo sétimo ano consecutivo
A Islândia, geografia musical de Björk ou dos Sigur Rós, e atualmente o representante menos populoso de sempre no Mundial de Futebol, que já empatou com a Argentina e tem um guarda-redes que também é realizador de cinema, Hannes Halldorsson, registou em 2017 o sétimo aumento consecutivo de imigração portuguesa.
Aquela pequena ilha de 325 mil habitantes recebeu em 2017 270 portugueses, segundo os dados da Statistics Iceland, divulgados nesta quarta-feira pelo Observatório da Emigração português. No ano passado Portugal representou 2,3% da imigração naquele país, onde terão entrado 11 758 pessoas.
Foi em 2004 que, abruptamente, a emigração portuguesa para a Islândia ganhou grande expressão, com a entrada de 520 pessoas no país nesse ano, praticamente o dobro daquelas que entraram no país em 2017.
"As variações no volume da imigração naquele país acompanharam as variações na economia islandesa: entradas com valores significativos nos anos do boom económico-financeiro do início do século, retração com a grande crise financeira de 2008, e recuperação em linha com a rápida retoma económica iniciada em 2011", analisa o Observatório da Emigração. Em 2008 entraram 287 portugueses, mas no ano seguinte esse número caiu para 57 e, em 2010, para 22. A recuperação económica torna-se evidente com a entrada de 88 portugueses em 2013 e de 220 em 2016.
Em termos de entradas globais, a imigração para a Islândia registou um aumento entre 2016 e 2017 de 7 859 para 11 758 pessoas.