Elisa Ferreira. Minas de lítio têm de "compensar impacto ambiental"

Comissária europeia alerta que "quem se responsabilizar por determinada exploração de lítio tem de garantir que o impacto ambiental é reduzido
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A exploração de minas de lítio que o governo português está empenhado em levar adiante implicará a existência de uma "compensação" ambiental, avisou esta terça-feira à noite, Elisa Ferreira, a comissária europeia para a Coesão e Reformas, num encontro com jornalistas portugueses, em Bruxelas.

Na mesa redonda organizada pela Comissão Europeia (CE) e o Parlamento Europeu (PE), a até há pouco tempo vice-governadora do Banco de Portugal deixou claro que o novo fundo de transição ambiental lançado pela CE destina-se essencialmente a compensar os efeitos negativos em termos de emprego e económico decorrentes do fecho de explorações responsáveis por muita poluição, mas em forma de emissões de carbono. É o caso das minas, um setor industrial que ainda tem um peso muito grande em países como a Polónia ou a Alemanha.

Questionada pelo Dinheiro vivo sobre os grandes investimentos na exploração de lítio que estão a ser apadrinhados e defendidos pelo atual governo do PS e sobre a natureza poluente desta indústria e uma eventual contradição com os incentivos vindos da Europa (menos poluição e melhor ambiente), a comissária da Coesão admitiu que "relativamente ao problema que me coloca, das minas de lítio em Portugal, temos todas as condições, se quisermos e se o país quiser fazer essa exploração, fazermos em conformidade ambiental".

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