"Ela" ganha César para melhor filme

O thriller do holandês Paul Verhoeven ganhou o prémio maior da noite, mas foi o canadiano Xavier Dolan que levou para casa o César de Melhor Realizador.
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O filme do holandês Paul Verhoeven "Ela" ganhou em Paris o César de Melhor Filme, enquanto Isabelle Huppert venceu o prémio de Melhor Atriz na cerimónia dos prémios do cinema francês pelo seu papel neste thriller. Era a 13.ª nomeação da atriz, que só tinha vencido uma vez (em 1996, pelo desempenho em "A Cerimónia").

O filme, que já ganhou o Globo de Ouro para Melhor Filme Estrangeiro, estava nomeado em 11 categorias. Isabelle Huppert, que também tinha sido distinguida nos prémios da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, está também nomeada para os Óscares, cuja cerimónia é este domingo.

Gaspard Ulliel recebeu o prémio de Melhor Ator pela sua interpretação no filme "Tão Só o Fim do Mundo", realizado pelo canadiano Xavier Dolan, de 27 anos, que foi para casa com o César de Melhor Realizador e o de Melhor Montagem.

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A cerimónia que decorreu na Salle Pleyel teve os seus momentos políticos, com um apelo à defesa da liberdade nos EUA do ator George Clooney, distinguido com o César Honorário, e outro no voto à esquerda do realizador btirânico, Ken Loach, que subiu ao palco para receber o prémio de Melhor Filme Estrangeiro por "Eu, Daniel Blake", que já tinha vencido a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

"Dizemos que somos os defensores da liberdade, mas não podemos defender a liberdade no estrangeiro se a esquecermos no nosso país", disse Clooney, que fez numerosas alusões à presidência de Donald Trump.

Nomeado para sete categorias, "Divines", um filme da jovem realizadora francesa de origem marroquina Houda Benyamina, sobre a epopeia de duas jovens dos subúrbios pobres de Paris, recebeu três César: Melhor Primeiro Filme, Melhor Atriz Secundária para Déborah Lukumuena e Atriz revelação para Oulaya Amamra (irmã da realizadora).

"Merci Patron!", de François Ruffin, venceu o prémio de Melhor Documentário com a história de uma família que foi despedida e que procura uma indemnização junto do antigo patrão, o milionário Bernard Arnault, diretor-executivo da multinacional LVMH.

Na cerimónia foi ainda prestada homenagem ao ator francês Jean-Paul Belmondo.

"Ma vie de courgette", do suíço Claude barras, ganhou dois César: Melhor Filme de Animação e Melhor Adaptação.

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