Efeito Ronaldo? Português saiu e o Real teve a pior assistência desde 2009
Estabelecer uma relação causa-efeito pode ser abusivo, até porque o fenómeno se estendeu ao jogo do rival Barcelona, mas a verdade é que o Real Madrid entrou no seu primeiro campeonato após a saída de Cristiano Ronaldo com a pior assistência caseira em mais de nove anos.
A receção ao Getafe, na primeira jornada de La Liga 2018-19, contou apenas com 48 446 espectadores no Santiago Bernabéu. Ora, a última vez que o estádio do Real Madrid tinha tido uma assistência abaixo dos 50 mil espectadores aconteceu a 24 de maio de 2009, frente ao Maiorca, precisamente o último jogo antes da chegada do avançado português, contratado nesse verão ao Manchester United.
Além do fator Ronaldo, há outros motivos que ajudam a explicar a fraca assistência no Bernabéu no jogo Real-Getafe. A ausência de uma contratação sonante que gere entusiasmo entre os adeptos é uma delas. O horário da partida, às 22.15 de um domingo, será outra. Bem como o preço das entradas, entre os 40 e os 125 euros.
Como atenuante a esta fraca assistência, só o facto de o rival Barcelona também ter tido o mesmo problema no seu jogo com o Alavés: 52 356 espectadores em Camp Nou, o pior registo da última década num primeiro jogo da época em casa.
De resto, a tendência vem sendo acentuada nos últimos anos, de acordo com o diário espanhol Marca, que refere que as médias de assistência nos dois estádios têm baixado consecutivamente desde a época 2015-16.
Já em Itália, pelo contrário, o Chievo Verona-Juventus que assinalou a estreia de Ronaldo na Série A italiana esgotou a lotação com vários dias de antecedência.