EDP Renováveis, JM, CGD e BCP destacadas pelo FT em ranking climático

A energética portuguesa (com sede em Madrid) conquistou um lugar no top cinco do primeiro ranking do Financial Times de empresas europeias que lideram o combate às alterações climáticas. Dona do Pingo Doce e dois bancos também na lista das 300 melhores.
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Superdry (Reino Unido, moda), Fastweb (Itália, telecom), London Stock Exchange (RU, finanças), Segro (RU, imobiliário) e EDP Renováveis (Portugal, energia). Assim se compõe o top cinco das empresas que o Financial Times destaca como líderes na transição climática.

No ranking que hoje publica pela primeira vez, o FT mede, entre outros fatores, a capacidade de redução de emissões entre 2014 e 2019 em função do crescimento das respetivas receitas, as emissões de gases com efeito de estufa e a prestação no "Carbon Disclosure Project".

Entre as 300 empresas europeias destacam-se ainda mais três portuguesas: a Jerónimo Martins, dona dos supermercados Pingo Doce, e os bancos Caixa Geral de Depósitos e BCP. E se a EDP Renováveis é a que mais se destaca quer na evolução conseguida entre 2014 e 2019 -- com 44% menos emissões em função das receitas nesse período, com a JM a conseguir -10,8%; a CGD -8,5%; e o BCP -5,5% -- quer num resultado de mais de 92% de redução de gases com efeito de estufa, a prestação da retalhista (-17%) ; dos bancos (-30,3% na CGD e -23,3% no BCP) é também notável.

No "Europe"s Climate Leaders 2021", a CGD e o BCP são também destacados pelo caminho feito. "A Estratégia de Sustentabilidade representa o compromisso da Caixa no âmbito do desenvolvimento sustentável, um investimento no futuro dos seus ativos, orientação para a criação de valor para os seus clientes e colaboradores, através da redução dos impactos ambientais", reage o banco público. "No combate às alterações climáticas a CGD definiu um programa de baixo carbono que integra medidas de mitigação e adaptação às Alterações Climáticas, alinhado com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável #13 - Ação Climática. A Caixa reconhece que, ao promover uma gestão sustentável dos seus recursos, assente em princípios éticos e de responsabilidade económica, social e ambiental contribui para a evolução social e económica dos cidadãos, das famílias e das empresas e para o futuro de Portugal."

Também o BCP reage ao ranking com satisfação à inclusão no ranking FT que destaca as empresas que caminham para a sustentabilidade, assumindo que "o banco faz parte da Estratégia Nacional para o Financiamento Sustentável e reforça o compromisso de atuar para promover um desenvolvimento sustentável, socialmente inclusivo e ambientalmente responsável, em todos os países onde opera". "A prioridade de mitigar os efeitos de uma pandemia não pode diminuir a importância nem a urgência de enfrentarmos e reduzirmos o impacto das alterações climáticas", sublinhou mesmo Miguel Maya, CEO do banco, em comunicado.

O mesmo ranking atribui ainda classificações quanto ao "Carbon Disclosure Project", com a EDP Renováveis a atingir a nota máxima de A, e o BCP e a JM a ficar apenas um degrau abaixo: A-. O banco público fica ainda no patramar seguinte: B.

"A Caixa rege-se por uma estratégia de sustentabilidade assente em três pilares de atuação: negócio responsável, responsabilidade social e responsabilidade ambiental", reage ainda em comunicado enviado ao DV, sublinhando o compromisso de "cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, tendo como prioritários o de erradicação da pobreza, trabalho digno e crescimento económico, redução das desigualdades, criação de cidades e comunidades sustentáveis, ação climática".

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