Donald Trump merece pena de morte, diz jornal do regime de Pyongyang
Donald Trump ofendeu a Coreia do Norte, o seu líder e, por isso, deve ser condenado à morte. É isto que defende um editorial publicado pelo jornal oficial do regime de Pyongyang, que ainda acusa o presidente norte-americano de ser cobarde.
"O pior crime pelo qual ele nunca poderá ser perdoado é ter ousado atacar com maldade a dignidade do supremo líder", dizia o editorial do Rodong Sinmun, segundo informa a imprensa internacional citando a agência noticiosa AFP.
"Ele deveria saber que é apenas um criminoso hediondo condenado à morte pelo povo norte-coreano", diz ainda.
Desde que assumiu a presidência, Donald Trump assumiu uma posição de força em relação ao regime de Pyongyang, com ataques verbais (recíprocos) praticamente diários. Na recente visita que realizou à Ásia, o presidente norte-americano voltou a insistir no tema. No entanto, não visitou a zona desmilitarizada que divide as duas Coreias, o que lhe mereceu o título de cobarde atribuído por este mesmo editorial.
Durante esta viagem, a questão da Coreia do Norte esteve sempre presente, até no Twitter, onde Trump chamou Kim Jong-un de gordo e baixo.
"Porque é que Kim Jong-un me insulta chamando-me 'velho', quando eu NUNCA o chamei de 'pequeno e gordo?' Bom, eu tento tento ser amigo dele - e talvez um dia isso vá acontecer!", escreveu.
No parlamento sul-coreano, Trump instou o regime norte-coreano a não subestimar nem pôr "à prova" os governos de Washington e Seul.
"Não permitiremos que cidades norte-americanas sejam ameaçadas com destruição. E não permitiremos que as piores atrocidades da história se repitam aqui, nesta terra pela qual lutámos e morremos", acrescentou, em referência à Guerra da Coreia (1950-1953) e às ameaças de Pyongyang contra o terrorismo norte-americano.
Trump disse ainda desejar "a paz através da força", em referência à crise com a Coreia do Norte e ao destacamento militar que Washington ativou na região.
No Vietname, o presidente dos Estados Unidos defendeu que todas as nações responsáveis devem atuar para garantir que a Coreia do Norte não continua a ameaçar o mundo. "A segurança é um objetivo que deveria unir todas as nações civilizadas", disse. "Queremos estabilidade, não caos. Queremos paz, não guerra", acrescentou.
* com Lusa