Dona da loja diz que caso com Oprah foi mal entendido

Contactada pela AFP, Trudie Götz, a proprietária da cadeia de lojas de luxo "Trois Pomes", explicou que recusa de um a das suas funcionárias em vender uma mala à apresentadora americana nada teve a ver com racismo. Foi sim um mal-entendido.
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A apresentadora da televisão norte-americana Oprah Winfrey afirmou que foi vítima de racismo numa loja de luxo durante uma visita à cidade suíça de Zurique, em julho, para o casamento da cantora Tina Turner.

Numa entrevista a Larry King, na Ora.tv, Oprah Winfrey disse que uma vendedora recusou-se a mostrar-lhe uma mala, afirmando para a apresentadora que era "muito cara".

A vendedora explicou-lhe que a mala, em pele de crocodilo, havia sido criada pela atriz norte-americana Jennifer Aniston. Oprah Winfrey disse a Larry King que teve vontade de rir e brincar à "Pretty Woman" (filme em que a personagem da atriz Júlia Roberts passa por uma situação semelhante), comprando toda a loja, mas desistiu ao perceber que, ao fazê-lo, a funcionária receberia a respetiva comissão pelas vendas.

Contactada pela AFP, Trudie Götz, a proprietária da cadeia de lojas de luxo "Trois Pomes", explicou que se tratou de um mal-entendido.

"A minha vendedora queria ser muito gentil. Explicou que se tratava de uma mala de 35 mil francos suíços e que poderia mostrar-lhe outras versões menos caras em couro, veludo e pele de avestruz", defendeu-se.

A proprietária da loja acrescentou que não vai aplicar sanções disciplinares contra a funcionária.

"Esta funcionária é qualificada. Trabalha também numa loja em Saint-Moritz e está habituada a tratar com clientes de prestígio", afirmou.

Trudi Götz disse que estava a refletir sobre a resposta que iria dar face às acusações e que iria ainda consultar o seu advogado.

A Suisse Tourisme, organização que promove o turismo no país, apresentou as suas desculpas à apresentadora pelo Twitter.

"Esta vendedora teve um comportamento inadequado. Nós pedimos desculpas", escreveu a organização.

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