Dominique Strauss-Kahn volta e está quase perdoado
Quando em maio de 2012 convidou Dominique Strauss-Kahn (DSK) para o seu aniversário, o deputado Julien Dray foi rapidamente afastado por François Hollande e pelos responsáveis pela sua campanha presidencial. Ser visto com o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) - detido em Nova Iorque um ano antes por suspeitas de violação - era então um pecado capital entre os socialistas franceses. Hoje, o ex-ministro, favorito às últimas presidenciais antes deste escândalo sexual, parece cada vez mais perto da reabilitação política.
E não deixa de ser irónico que tenha sido noutra festa de anos - os 47 da especialista em comunicação de crise Anne Hommel - que DSK tenha feito o seu regresso ao ciclo de poder do PS francês. No jantar de dia 11, perto da Bastilha, em Paris, não faltaram personalidades socialistas, revelava o Le Monde, desde o primeiro-secretário do PS, Jean-Christophe Cambadélis, ao secretário de Estado Jean-Marie le Guen e ao próprio primeiro-ministro, Manuel Valls. Esse mesmo Valls que há dois anos saiu à pressa do bar onde decorria a festa de Dray quando percebeu que DSK estava presente. E se não espanta que Hommel tenha convidado o seu velho amigo e cliente (é ela quem tem tratado da imagem pública de DSK) para o seu aniversário, não deixa de surpreender que na festa também estivesse Anne Sinclair, a ex-mulher de Strauss-Kahn e diretora do Huffington Post francês.