O Governo quer que metade da população tenha, pelo menos, o ensino secundário completo e, para isso, prevê gastar mais de dois mil milhões de euros em ações inscritas, no Programa Nacional de Reformas..O Programa Nacional de Reformas (PNR), hoje aprovado em Conselho de Ministros, apresenta quinze medidas destinadas a melhorar a qualificação dos portugueses, que vão custar cerca de 6.092 milhões de euros..Promover a generalização do ensino secundário, enquanto patamar mínimo de qualificações, é a medida mais cara na área da educação, com um custo previsto de cerca de 2.385 milhões de euros. Em concreto, o Governo quer que metade dos portugueses em idade ativa consiga concluir o secundário e que mais de metade (55%) dos alunos opte por vias profissionalizantes, quando chega ao ensino secundário..Já em relação aos que concluem o ensino obrigatório e entram numa universidade ou politécnico, o Governo prevê gastar 750 milhões de euros para conseguir atribuir, anualmente, 70 mil bolsas a estudantes carenciados.Também a pensar na redução do abandono escolar no superior, o programa prevê ter ações de acompanhamento e contratar cem jovens professores por ano, uma ideia que vai custar 61 milhões de euros..Para estimular o emprego científico, o PNR tem previsto gastar 606 milhões de euros na contratação de três mil investigadores ou professores contratados e assim conseguir rejuvenescer as instituições científicas e de ensino superior. Outra das apostas no ensino superior é a relacionada com as novas formações de curta duração - Cursos Técnicos Superiores Profissionais (TESP) - que existem nos institutos politécnicos..Neste sentido, o Governo está disposto a gastar 294 milhões para conseguir ter 20 mil diplomados em TESP. Reduzir em 10% o abandono escolar até 2020, reduzir o insucesso escolar para metade, reduzir o número de alunos por turma, conseguir a progressiva gratuitidade dos manuais escolares no ensino básico e secundário são outras das medidas que têm vindo a ser anunciadas pelo executivo e que surgem no PNR com uma verba de quase 883 milhões de euros..A promoção do sucesso escolar no ensino obrigatório e o reforço de apoio a alunos carenciados são as únicas medidas, das 15 apresentadas, com direito a fundos comunitários: serão 50 milhões de euros oriundos do Plano Junker.