Doente com cancro impedida de entrar nas Galeries Lafayette em França
A história foi contada em primeira mão nas redes sociais, pela filha da mulher que viu negado acesso às Galeries Lafayette em Toulouse, França: a mãe, doente de cancro e sem cabelo devido aos efeitos secundários da quimioterapia, quis entrar na loja para comprar um adereço para o chapéu que levava na cabeça, mas foi barrada por um segurança que lhe disse que não poderia entrar com a cabeça coberta.
Devido à ameaça terrorista, e com o estado de emergência em vigor em França, alguns agentes de segurança podem pedir aos transeuntes que retirem acessórios que lhes cubram a face. Terá sido esta a motivação do vigilante - segundo as Galeries Lafayette - que confrontou a mulher, pedindo-lhe que tirasse o chapéu. Ela, por sua vez, mostrou-lhe que tinha perdido o cabelo devido à doença e que era por essa razão que levava a cabeça coberta, pedindo-lhe compreensão. Mas o segurança terá sido inflexível e barrou-lhe a entrada. "Mãe, só querias divertir-te. Mas em vez disso saíste da loja desfeita e humilhada", escreveu a filha no Facebook.
A publicação tornou-se viral nas redes sociais e as Galeries Lafayette foram amplamente criticadas. No Twitter e no Facebook, sucederam-se os apelos ao boicote das lojas do grupo, abertas em várias cidades francesas, nomeadamente na capital.
Os responsáveis da loja apressaram-se a contactar a família e responderam às acusações garantindo que se tratou de "excesso de zelo". No Twitter, escreveram que o "ato chocante" não representa os valores do grupo e que o diretor dos armazéns está já em contacto com a cliente.
[twitter:829270781737762817]
A porta-voz das Lafayette garantiu que se tratou de um "excesso de zelo" e que a empresa agirá em consequência com o acontecido. Mas, contactado pela AFP, o diretor descartou o despedimento do vigilante que barrou a mulher. "O importante é dar indicações claras e garantir que isto não volta a acontecer. Qualquer um pode cometer erros", assinalou.