Dívida pública sobe este ano para 134,4% do PIB

Subida prevista é sobretudo explicado pela queda do PIB, segundo Mário Centeno.
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A dívida pública deverá neste ano passar a equivaler a 134,4% do valor do PIB, de acordo com as previsões do governo constantes no orçamento suplementar apresentado esta terça-feira. Trata-se de uma agravamento em perto de 17 pontos percentuais face aos 117,7% do PIB no nível de endividamento público atual, que as Finanças atribuem em grande medida à esperada contração económica da ordem dos 6,9%.

O número foi avançado esta terça-feira pelo ministro das Finanças demissionário, Mário Centeno, em resposta aos jornalistas, com uma nota otimista. A recuperação da economia esperada no próximo ano irá, segundo Centeno, encolher a medida da dívida pública.

De acordo com o ainda ministro das Finanças, o aumento no rácio de endividamento público em 16,7 pontos percentuais fica a dever-se sobretudo à contração esperada do PIB e é explicado apenas em 3,2 pontos percentuais pela deterioração do saldo primário.

"Revertida esta dinâmica negativa do PIB, esperamos que este valor se venha a reduzir", disse o ministro, acompanhado pelo secretário de Estado do Orçamento, João Leão, quer terá a cargo a discussão e execução da proposta agora apresentada. Centeno defendeu o "caráter temporário" da subida.

Para 2020, a expetativa é de que o saldo das contas públicas termine com um défice de 6,3%, face a uma redução de receitas fiscais e contributivas na ordem dos 4,4 mil milhões de euros e um aumento de despesas em 4,3 mil milhões de euros.

Para o próximo ano, o governo - tal como as instituições internacionais - prevê já um regresso ao crescimento. Antecipa uma expansão da economia em 4,3%.

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