Discussão dá tourada no Parlamento: Salvaterra, bandarilhas e olé!

PSD tentou melindrar Bloco de Esquerda com passado na câmara de Salvaterra de Magos e diz que há famílias do universo tauromáquico a serem perseguidas
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No debate de três projetos de lei que visavam abolir ou dificultar os espetáculos tauromáquicos, que acompanharam uma petição da associação ANIMAL sobre o assunto, os ânimos exaltaram-se esta tarde no Parlamento. O PSD, através do vice-presidente da bancada, Nuno Serra, questionou o Bloco de Esquerda: "Quando tinham a câmara de Salvaterra de Magos não apresentaram estes projetos?"

O projeto do Bloco de Esquerda pretende impedir "o apoio institucional à realização de espetáculos que inflijam sofrimento físico ou psíquico ou provoquem a morte de animais". Na mesma linha, o do PAN pretende proibir a "utilização de dinheiros públicos para financiamento direto ou indireto de atividades tauromáquicas". Quanto ao do PEV, pretende impedir "o financiamento público aos espetáculos tauromáquicos".

No debate, o PSD defendeu que há "famílias a serem perseguidas" pelos movimentos anti-tourada. Nuno Serra tentou melindrar o Bloco de Esquerda pelo apoio da autarquia de Salvaterra, quando tinha gestão bloquista, a eventos tauromáquicos.

A deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, pediu que o PSD mostrasse provas desse apoio. O PSD respondeu com uma carta da antiga presidente da câmara de Salvaterra de Magos (Ana Cristina Ribeiro), eleita nas listas do Bloco de Esquerda, a defender a importância da tauromaquia.

Pateada forte na bancada social-democrata, com o deputado também eleito pelo círculo de Santarém, Duarte Marques a fazer o gesto de quem espeta um par de bandarilhas e a lançar um "olé!". Desde o célebre gesto do ministro socialista Manuel Pinho que não eram vistos gestos taurinos no hemiciclo.

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