José Alberto Ribeiro começa em 2017 o seu segundo mandato à frente do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa. Terminada a comissão de serviço, apresentou-se a concurso, submeteu-se à apreciação do júri e continuará à frente deste monumento. Só falta o anúncio em Diário da República. O mesmo se passa com António Carvalho, que está à frente do Museu Nacional de Arqueologia..Em janeiro, fecha-se o ciclo de três anos de vários outros diretores de museus tutelados pela DGPC (Direção Geral do Património Cultural). A saber: Mosteiro dos Jerónimos, Mosteiro da Batalha, Conímbriga, Panteão Nacional, Museu Soares dos Reis e Museu Grão Vasco. Mas, neste último caso, a decisão de não aceitar a renovação da comissão de serviço, solicitada pelo diretor, Agostinho Ribeiro, motivou reação da autarquia..A Assembleia Municipal concordou anteontem enviar uma carta ao Governo pedindo a recondução do atual diretor, mas a DGPC "entendeu como mais adequado o recurso ao procedimento concursal para assegurar a nomeação de todo o pessoal dirigente intermédio, em que se incluem os diretores dos museus, palácios e monumentos dependentes deste organismo", lê-se no comunicado ontem enviado ao DN..Agostinho Ribeiro confirmou ao DN que fez chegar à DGPC o pedido de renovação, nos termos da lei 64/2011. Em resposta, o organismo liderado por Paula Silva disse que foi decidido que todos os diretores deveriam ir a concurso..Almeida Henriques, presidente da câmara de Viseu, eleito pelo PSD, garante que levará o caso hoje à reunião de câmara, "pela injustiça" que diz comportar. Mantém-se a intenção de enviar uma carta ao ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, pedindo que Agostinho Ribeiro se mantenha em funções, tendo em conta "que tem feito um bom trabalho e que o museu, pela primeira vez, ultrapassou os 100 mil visitantes". E, defendendo o procedimento concursal, acrescenta que a DGPC "poderia adiar a abertura três meses até terminar as comemorações do centenário [em março de 2017]". O museu ganhou estatuto nacional este ano..Agostinho Ribeiro diz sentir-se "honrado" com o apoio manifestado pelos partidos com assento na assembleia municipal, mas rejeita traçar cenários. Da candidatura ao concurso a uma impugnação da decisão do Património Cultural. "Não quero fazer mais comentários, é absolutamente prematuro e não considero oportuno"..Os concursos requerem uma análise curricular dos candidatos e também de um projeto para a instituição que quer chefiar..As candidaturas são analisadas por um titular do cargo de direção superior, outro titular de grau igual ou superior ao do cargo a prover em exercício de funções em diferente serviço ou órgão e por uma pessoa de reconhecida competência na área funcional respetiva, designado por estabelecimento de ensino de nível superior ou por associação pública, segundo a lei.