Diretor do Bolshoi queimado com ácido volta ao teatro
Filin sofreu queimaduras em ambos os olhos, depois de um homem ter atirado ácido sobre a sua cara numa noite de janeiro quando regressava a casa, depois de uma gala do teatro.
O regresso do diretor, ainda de óculos escuros para proteger os olhos, aconteceu no início da nova temporada do teatro Bolshoi, sedeado em Moscovo, momento em que aproveitou para agradecer aos colegas o apoio que lhe tinham dado.
A aparição, há muito esperada, não significa um regresso ao trabalho. Filin, de 42 anos, terá de voltar à Alemanha e continuar os tratamentos.
Desde o ataque, já foi sujeito a 22 operações aos olhos. O rosto apresenta-se jovem e cuidado e terá recuperado 80% da visão no olho esquerdo, mas a do direito continua muito fraca, de acordo com a BBC.
Enquanto isso, um dos principais bailarinos da companhia, Pavel Dimitrichenko, 29 anos, aguarda julgamento, acusado de ser o mandante do ataque com ácido. O artista e dois cúmplices enfrentam uma pena que podia chegar aos 12 anos de prisão.
O bailarino admitiu às autoridades ter discutido a hipótese de um ataque mas nega que tenha ordenado uso de ácido. Mais de 300 membros da companhia de ballet assinaram uma carta aberta ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, em sua defesa.
O caso fez rolar outras duas cabeças: um dos mais antigos bailarinos da companhia, Nikolai Tsiskaridze, que estava em conflito com a direção do Bolshoi e foi acusado de ter participado no ataque e o diretor-geral da companhia, que também foi demitido.