Diretor artístico do Bolshoi pode voltar a traballhar
"Podemos dizer que esperamos que recupere visão suficiente para lhe permitir voltar a trabalhar", afirmou numa conferência de imprensa o cirurgião Martin Hermel, que acompanha Filin numa clínica na Alemanha.
Filin afirmou que voltará ao trabalho assim que os médicos o autorizem, apresentando-se com um gorro e um cachecol, e destacando o alívio com os progressos registados.
"Sinto-me bem e cheio de energia", garantiu.
O diretor do histórico Bolshoi, de 42 anos, sofreu em meados de janeiro um ataque com ácido sulfúrico pelo qual a polícia deteve na semana passada três suspeitos, um deles um bailarino do teatro, Pavel Dmitrichenko, que foi acusado de planear o ataque.
Sergei Filin foi operado várias vezes aos olhos na Rússia antes de viajar para a Alemanha, onde a especialidade de cirurgia reconstrutiva está mais avançada.
Um especialista neste tipo de cirurgia, Norbert Pallua, afirmou que o ácido destruiu todas as camadas de pele da cara de Filin, indicando que o tratamento permitiu a cicatrização das feridas mas que a cara do ex-bailarino ficará muito marcada.
Mais de 300 membros do Bolshoi enviaram esta semana uma carta aberta ao presidente russo, Vladimir Putin, defendendo Dmitrichenko e garantindo que não acreditam que possa ter sido o mandante do crime.
Filin afirmou hoje que ainda não viu a carta mas reiterou que suspeitou de Dmitrichenko mesmo antes da detenção.
Dmitrichenko admitiu em tribunal que tinha encomendado a alguém que espancasse Filin mas que nunca pensou num ataque com ácido.