Diogo Infante lamenta "tiro no pé" de Cavaco Silva

O ator criticou o veto do Presidente da República à lei da adoção por casais do mesmo sexo
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À semelhança de Jessica Athayde, também Diogo Infante escreveu uma mensagem para o ainda Presidente da República, criticando a sua decisão de não promulgar o diploma que permitia a adoção por casais do mesmo sexo.

Na sua página do Facebook, o ator começou por demonstrar alívio com a notícia de que "Cavaco Silva será obrigado a promulgar a lei da adoção por casais do mesmo sexo, antes de sair". "Ainda bem! É caso para dizer que foi um tiro no pé!".

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E explicou, de seguida, o seu ponto de vista. "Exº Presidente. Gostava que soubesse que a adoção tem sido uma oportunidade não só para me exercer como pai, mas sobretudo para proporcionar a uma criança necessitada uma perspetiva de futuro, integrada numa nova estrutura familiar. Na parentalidade o que é verdadeiramente significativo não é o género, nem sequer se temos um ou dois pais, ou se são do mesmo sexo, é a forma como essas relações filiais se estabelecem e se consolidam com base na confiança, no respeito e no amor. São estas as premissas que permitirão que as crianças cresçam fortes, moralmente e eticamente sólidas, e com a autoestima necessária para enfrentar os desafios da vida!", frisou o ator de 48 anos, que em 2011, em conjunto com o seu parceiro, Rui Calapez, adotou Filipe, agora com 12 anos.

"Se as crianças em regime de adotabilidade dependessem exclusivamente de políticos como o senhor, muitas estariam condenadas a ficarem em instituições até que atingissem a maioridade, sem direito a uma família, seja ela de que natureza for, que lhes dê um lar, amor e o carinho, que os pais biológicos não foram capazes de dar!", rematou Diogo Infante.

Cavaco Silva vai ser obrigado a aprovar os diplomas sobre a adoção por casais do mesmo sexo e mudanças na lei do aborto. Os diplomas vetados pelo ainda Presidente da República serão reconfirmados no dia 10 de fevereiro, com os votos da esquerda, o que significa que Cavaco terá de os promulgar num prazo de oito dias, bem antes da entrada em funções de Marcelo Rebelo de Sousa, que toma posse como presidente a 9 de março.

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