Uma vez Maria Teresa Horta contou a Sophia de Mello Breyner como tantas vezes o poema lhe chegava enquanto mudava a fralda ao filho. " 'Ó Sophia, acha isto normal?' 'Ó Teresa, quantos poemas eu escrevi a fazer bacalhau com batatas.' Nunca mais me esqueço", recorda a poeta. Ela, cuja "memória mais antiga" é "o maravilhamento com o escritório" do pai. O mesmo que dizia: "Mas porque é que tu só queres vir para aqui? Teresinha, vai brincar!" O escritório estava repleto de livros e a Teresinha começaria mais tarde a escrever poesia. "Com os meus 12, 13 anos. Não por decisão, não. A poesia nasce-me. Aconteceu-me." E salvou-a - salva-a, diz - da "banalidade" perante as tarefas de todos os dias, assim como a salvou de si própria..Leia mais na edição impressa ou no e-paper do DN.Veja os poetas a dizerem os poemas que escolheram:.Nuno Júdice diz Francisco Sá de Miranda.Maria Teresa Horta diz Rainer Maria Rilke.Ana Luísa Amaral diz Emily Dickinson.Gastão Cruz diz Carlos de Oliveira.Miguel Manso diz Herberto Helder.José Alberto Oliveira diz Afonso Lopéz de Baían.Jorge Sousa Braga lê Vladimir Holan.Daniel Jonas lê poema inédito.Consulte a agenda das comemorações