Detido o suspeito de ter assassinado o rapper Nipley Hussle
O homem suspeito de ter assassinado o rapper Nipsey Hussle foi detido em Los Angeles, pondo fim a uma perseguição de dois dias, adiantaram as autoridades policiais.
Hussle, 33 anos, cujo nome verdadeiro era Ermias Asghedom, foi baleado várias vezes na tarde de domingo no exterior da sua loja, Marathon Clothing, no sul de Los Angeles. A polícia informou que outras duas pessoas ficaram feridas no tiroteio.
Na terça-feira, um popular ligou às autoridades para informar que tinha avistado o homem considerado como suspeito pela polícia. Eric Holder foi visto na comunidade suburbana de Bellflower, informou o Departamento de Polícia de Los Angeles em comunicado. Os elementos do Xerife do Condado de Los Angeles foram ao local e prenderam Holder, 29 anos. As acusações formais estão ainda pendentes mas o suspeito fica preso sem possibilidade de fiança.
Hussle era um músico com origens na Eritreia, com nacionalidade norte-americana. O seu álbum de estreia, "Victory Lap", foi nomeado para o prémio de Melhor Álbum de Rap nos Grammy Awards deste ano.
A sua morte chocou o mundo do entretenimento e do hip-hop, com celebridades a deixarem nas redes sociais comentários sobre a perda do jovem músico. Hussle fez várias mixtapes antes de gravar seu primeiro álbum com a Atlantic Records e colaborar com celebridades como CeeLo Green e Kendrick Lamar.
No dia em que morreu, Hussle escreveu no Twitter: "Ter inimigos fortes é uma bênção". Terá sido numa disputa pessoal que ocorreu o homicídio. Agentes da polícia não deram pormenores sobre os motivos da disputa que levou ao tiroteio, mas Holder é suspeito de se aproximar de Hussle e de outros dois homens e ter efetuados os disparos.
O suspeito, morador de Los Angeles, afastou-se depois por um beco e fugiu de automóvel, conduzido por uma mulher, segundo um comunicado da polícia.
A área onde Hussle foi morto teve um aumento de tiroteios nas últimas semanas, disse o autarca de Los Angeles, Eric Garcetti, numa conferência de imprensa. Contudo, as autoridades disseram que não há informações que indiquem que o tiroteio tenha sido relacionado a gangues. Hussle tinha planeado encontrar-se com Steve Soboroff, presidente da Comissão de Polícia de Los Angeles, para evitar a violência de gangues no seu bairro, disse o próprio Soboroff.
O rapper disse que chegou a pertencer a um gangue de rua, mas agora era mais um organizador comunitário e ativista.