Detido jihadista que terá ordenado ataque ao Charlie Hebdo

Peter Cherif era próximo dos irmãos Kouachi, que em janeiro de 2015 entraram na redação do jornal satírico francês com kalashnikov's e mataram 12 pessoas
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O suspeito pelas autoridades francesas de ser o mandante do atentado contra o jornal Charlie Hebdo em janeiro de 2015 foi detido no domingo em Djibuti, segundo a agência France Presse. O jihadista Peter Cherif, também conhecido pelo pseudónimo de Adbou Hamza, foi colocado sob custódia, segundo uma fonte ligada ao processo e citada pela AFP, e estará em vias de ser extraditado para França, segundo o jornal Le Figaro.

Peter Cherif, de 36 anos, é considerado suspeito de ser o mandante do atentado ao Charlie Hebdo e era próximo dos autores materiais do atentado, os irmãos Kouachi, que foram mortos pela polícia na sequência de uma perseguição policial. O jihadista é um dos terroristas mais procurados do mundo.

A 7 de janeiro de 2015, os irmãos Chérif e Saïd Kouachi, armados com kalashnikov's, irromperam no edifício do jornal à hora da reunião da redação e mataram 12 pessoas, nomeadamente os caricaturistas históricos Cabu, Charb, Honoré, Tignous e Wolinski que são regularmente evocados numa redação "reconstruída e sólida".

Peter Cherif é conhecido dos serviços secretos franceses por ter combatido no Iraque desde a década de 2000. Em 2006 foi condenado a 15 anos de prisão por ter atravessado ilegalmente a fronteira iraquiana, mas acabou por fugir da prisão onde estava, em Badouche, a norte de Mossul. Capturado depois e entregue às autoridades francesas, conseguiu fugir novamente. A última vez em janeiro de 2011.

Quatro meses depois, as autoridades francesas detetaram-no no Iémen, onde estaria envolvido com a rede da Al-Qaeda na península arábica. Foi aí, recorda o Figaro, que terá treinado os irmãos Kouachi e o seu amigo Salim Benghalem no tiro.

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