Teresa Leal Coelho: "Também serei soldado de Rio"
Que avaliação faz deste congresso?
Foi um congresso galvanizador. Um a um, os militantes mais destacados do PSD terminaram as respetivas intervenções afirmando que seriam soldados da estratégia aprovada neste congresso. Todos disseram que não seriam oposição ao PSD, mas ao PS, ao BE e ao PCP.
Concorda com a ex-ministra da Justiça e deputada, Paula Teixeira da Cruz, segundo a qual esta escolha de Rui Rio foi uma "traição" ao PSD?
Este é um partido de liberdade. Quem ganhou as eleições deve ter a liberdade de escolher a sua equipa e todos são livres para expressar as suas opiniões. O que é necessário é que Rio tenha à sua volta pessoas de confiança política, num momento em que temos de combater o governo e ter soluções alternativas.
Esta polémica contribuiu para que a votação na Comissão Política Nacional tenha tido 35% de votos brancos e nulos?
Julgo que aquilo que se vai passar dentro do partido e na relação entre os seus órgãos e os militantes, vai depender em da ação política que vier a ser conduzida por Rui Rio. Durante os seis anos que estive na direção nacional com Pedro Passos Coelho, em momentos muito difíceis da governação, houve muitas vezes vozes muito críticas do partido contra nós. Nós não vamos fazer isso. Quero dar um voto de confiança à nova direção. Serei também, como Pedro Passos Coelho, um solado desta estratégia.
Fernando Negrão vai ter uma votação expressiva como presidente do grupo parlamentar?
Julgo que sim. Respeito sempre aqueles que se disponibilizam para qualquer candidatura. Não pode ser de dentro do partido que se põe em causa essas candidaturas. Fui candidata à Câmara Municipal de Lisboa e é sabido que tive alguma falta de apoio de dentro do partido. Não faço isso aos outros.
A saída de Luís Montenegro vai ser uma perda grande para a bancada?
Vai, concerteza. Mas ele explicou porquê e terminou dizendo que será um soldado desta estratégia. Esse é um ponto essencial.