A diminuição deve-se principalmente aos cortes nos orçamentos de defesa dos países ocidentais, ao contrário da China e Rússia, onde foram registados aumentos, sublinhou o SIPRI, sedeado em Estocolmo. ."Nós somos testemunhas do que poderá ser o início de um movimento (...) das despesas militares mundiais dos países ricos ocidentais para as regiões emergentes", explicou Sam Perlo-Freeman, diretor do programa do SIPRI sobre as despesas militares e a produção de armas. .Excluindo a inflação, as despesas militares mundiais baixaram 0,5 % em relação a 2011, fixando-se em 1.750 mil milhões de dólares (1.330 milhões de euros) em 2012, segundo o SIPRI..Durante o mesmo período, a China e a Rússia aumentaram os seus orçamentos da defesa, respetivamente em 7,8 % e 16 %..Nas regiões onde as tensões são tradicionalmente fortes, as despesas militares estão também em alta, como no Médio Oriente (+ 8,4 %) e na Ásia (+ 3,3 %)..Nos Estados Unidos, a diminuição dos montantes consagrados às despesas militares foi de 6 % em 2012, indicou o SIPRI, que prevê que a tendência se mantenha em 2013. ."Tudo indica que as despesas militares mundiais são suscetíveis de continuarem a diminuir nos próximos dois ou três anos, pelo menos até que a NATO concretize a retirada do Afeganistão no final de 2014", acrescentou. ."No entanto, os gastos nas regiões emergentes vão provavelmente continuar a subir, e consequentemente as despesas globais deverão aumentar", adiantou..Perlo-Freeman apontou ainda que "os Estados Unidos e os seus aliados são responsáveis pela grande maioria das despesas militares mundiais" e que "os membros da NATO gastaram mil milhões de dólares"..O orçamento norte-americano para a defesa (682 mil milhões de dólares ou 520 mil milhões de euros) era no ano passado quatro vezes superior ao da China, o segundo maior do mundo, estimado em 166 mil milhões de dólares ou 127 mil milhões de euros, segundo dados do SIPRI.