Deschamps e Cantona em tribunal. Ódio dura desde 1996 e começou com garrafas de água

O atual selecionador moveu uma ação contra Cantona por este o ter acusado indiretamente de racismo. Mas as guerras entre ambos já veem do passado.
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Didier Deschamps e Eric Cantona vão nesta sexta-feira a tribunal devido a uma queixa apresentada pelo atual selecionador francês contra o antigo jogador. Em causa estão declarações de Cantona feitas em 2016, quando saiu a convocatória para o Europeu, onde acusou indiretamente Deschamps de racismo, insinuando que o treinador não convocou o avançado Karim Benzema e o médio Ben Arfa devido às suas origens magrebinas.

Deschamps não gostou e apresentou uma queixa por difamação. "Há uma linha que não se pode atravessar. E quando mexe com a família é inaceitável. Vou até ao fim", prometeu o selecionador francês. E a verdade é que o processo começa hoje a ser julgado.

De acordo com o jornal francês L'Équipe, contudo, o ódio de estimação entre os dois franceses vem de longe. E terá começado ainda em 1996.

Eric Cantona não foi convocado para o Europeu desse ano e, de acordo com o diário francês, que recupera esta história, a sua ausência também se deveu a Deschamps, que na altura se terá mostrado contra a convocatória de Cantona, que um ano antes tinha protagonizado o célebre episódio de um pontapé a um adepto do Crystal Palace quando representava o Manchester United.

Mas há mais episódios. No final desse Campeonato da Europa de 1996, Cantona voltou ao ataque e disse com todas as letras que Deschamps só servia para carregar garrafas de água. Desde aí, o antigo jogador francês que reside em Portugal nunca deixou de criticar o trabalho do atual selecionador gaulês.

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