Derrame de 40 000 litros de petróleo nas águas da Patagónia

O derrame ocorreu numa área que abriga uma gama diversificada de ecossistemas com flora rara e espécies em vias de extinção. A Greenpeace do Chile disse que o incidente poderia ter tido consequências ambientais devastadoras.
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No sábado, a Marinha chilena confirmou o derrame de cerca de 40 000 litros de petróleo na Ilha de Guarello, no lado chileno da Patagónia.

A Marinha chilena revelou que recebeu uma chamada da companhia de mineração CAP no dia 27, a informar sobre o derrame na terminal, a cerca de 2 800 km de Santiago, a capital do Chile.

Perante a emergência, a Marinha mobilizou várias unidades para controlar e mitigar os possíveis danos causados pelo derrame na área e enviou a embarcação "Elicura" e o barco de patrulha "Marinero Fuentealba" para o local. A Marinha informou que até domingo aproximadamente 15 000 litros de água do mar contaminada já tinham sido contidos.

"Às 15h, a embarcação 'Elicura' chegou ao local (...) e confirmou que as condições meteorológicas de um vento de 100 km/h contribuíram para a detenção no setor sul da baía, e que as ações preliminares permitiram reter e recuperar cerca de 15 000 litros de água do mar poluída", divulgou a Marinha num comunicado.

Ainda assim, a causa do derrame não ficou clara e a Marinha chilena iniciou uma investigação.

A CAP disse que colaboraria na investigação do incidente e informou, num comunicado divulgado pela Reuters, ter iniciado "um processo de monitorização permanente na área", além das medidas padrão de controlo e mitigação.

A Greenpeace do Chile também se manifestou sobre o incidente e alertou que o derrame poderia ter tido consequências ambientais devastadoras.

Num comunicado que divulgou na segunda-feira, o diretor nacional da ONG, Matías Asun, disse: "É uma situação extremamente grave, considerando a natureza imaculada das águas em que esta emergência ambiental ocorreu. Deve ter-se em consideração que a zona é extremamente difícil de aceder e que é uma área de grande riqueza de mamíferos marinhos, como baleias e golfinhos, que poderiam ser seriamente afetados no seu habitat quando viessem à superfície para respirar e encontrassem uma camada de petróleo."

As áreas à volta da Patagónia abrigam uma gama diversificada de ecossistemas com flora rara e espécies sob ameaça de extinção.

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