Depois de Trump, também a Rússia fala de "caça às bruxas"

Jeff Sessions encontrou-se pelo menos duas vezes com o embaixador russo em Washington, contactos que omitiu nas audições de confirmação no cargo de procurador-geral.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia afirmou hoje que o escândalo nos Estados Unidos devido aos contactos do embaixador russo em Washington com membros da campanha eleitoral de Donald Trump mais parece "uma caça às bruxas".

"Não posso não citar os meios de comunicação de hoje: tudo isto parece-se muito com uma caça às bruxas. Ou os tempos do macartismo. Acreditávamos que nos Estados Unidos, como país civilizado, era um assunto do passado", disse Serguei Lavrov numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo salvadorenho Hugo Martínez.

O responsável russo salientou que os embaixadores são nomeados para manter as relações entre estados.

Lavrov acrescentou ainda que "as relações são mantidas através de reuniões, discussões com representantes do executivo, parlamentares, celebridades e organizações não governamentais".

O Washington Post noticiou que durante a campanha para as presidenciais dos Estados Unidos, Jeff Sessions, atualmente Procurador-geral e então senador, se encontrou pelo menos duas vezes com o embaixador russo em Washington, Serguei Kisliak, contactos que omitiu nas audições de confirmação no cargo.

A notícia acentuou a polémica sobre um possível envolvimento desadequado da Rússia na campanha norte-americana e deu origem a apelos para que Sessions peça escusa da investigação em curso à alegrada interferência russa nas eleições.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também já se referira ao caso como uma caça às bruxas levada a cabo pelos democratas.

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