David, ansioso para voltar às aulas, espera que paguem aos professores
Ontem foi dia de visitar as avós, passear o Pipas no jardim, carregar o passe do comboio e ir buscar a irmã mais nova à escola. Devia ter sido o primeiro dia de aulas do segundo período para David, mas o jovem de 15 anos passou o dia acompanhado pelo pai nestas tarefas. O colégio que frequenta - o Eduardo Claparède - foi um dos oito que em protesto pela falta de pagamento do Ministério da Educação e Ciência (MEC) não abriu as portas.
A escola já está a funcionar hoje, o que deixa David "muito feliz". "Quero ir à escola. Vou-me divertir e ver os meus colegas. Espero é que paguem o ordenado aos professores". O problema de financiamento que o colégio atravessa não passa ao lado do jovem. "Eles explicaram que como não recebiam do ministério não conseguiam pagar os ordenados aos professores e funcionários e que iam fechar no primeiro dia do segundo período para alertar para o problema", acrescenta o pai Rui Fernandes, que tirou o dia de folga para ficar com o filho em casa.