Damasco e oposição aceitam trégua de quatro dias
Lakhdar Brahimi, que falava a jornalistas no Cairo, disse ter recebido a confirmação por parte do regime de Damasco e de diferentes responsáveis da rebelião anti-Assad que os dois lados, em conflito há 19 meses, se mostraram disponíveis para observar uma trégua durante o período da Aid al-Adha, que se inicia dia 26.
A festividade assinala o sacrifício do filho de Abraão, sacrifício este que na mitologia cristã seria substituído pelo sacríficio de um cordeiro, sendo uma das mais importantes do calendário islâmico e prolongando-se por quatro dias.
Brahimi disse ainda que o regime de Damasco deve divulgar a sua posição em comunicado ainda hoje ou amanhã ao início do dia. Por seu lado, as forças da rebelião afirmaram que observarão a trégua, desde que as unidades fiéis a Bachar al-Assad não tomem qualquer iniciativa militar.
Pouco antes de Brahimi falar aos jornalistas, o chefe de estado-maior das forças armadas russas, general Nikolai Makarov, afirmava em Moscovo dispor de informações sobre o uso de "mísseis de fabrico americano Stinger pelos rebeldes combatentes, além de outros tipos de mísseis".
Para o comandante das forças armadas russas, é fundamental "determinar quem fez a entrega" aos grupos da oposição.
O general Makarov insinuou ainda que estas armas podem ser entregues "por quaisquer meios, até por aviões comerciais civis". Recorde-se que as autoridades turcas procederam à intercepção de um avião de um voo comercial da companhia aérea síria que, segundo Ancara, "transportava equipamentos e munições para o Ministério sírio da Defesa".