Dallas Mavericks não tocam mais o hino esta época para contornar regras da NBA
Os Dallas Mavericks optaram por não voltar a reproduzir o hino nacional dos EUA antes dos jogos nesta temporada, rompendo com um ritual antes do jogo que é comum no desporto americano.
O portal Athletic disse que a política do Mavericks contra reproduzir o hino antes dos jogos em casa, no American Airlines Center, foi confirmada pelo proprietário Mark Cuban, que não fez mais comentários.
O Athletic disse que o hino não foi tocado antes de nenhum dos 13 jogos do Mavericks em casa e na fase regular desta temporada, incluindo a vitória em casa sobre o Minnesota na segunda-feira, um jogo que pela primeira vez teve a presença de público.
As regras da NBA exigem que os jogadores estejam de pé durante o hino, mas o comissário Adam Silver relaxou essa regra após os protestos nacionais Black Lives Matter, que eclodiram após a morte de George Floyd no ano passado.
No reinício da temporada 2020 da NBA, praticamente todos os jogadores se ajoelharam durante o hino num gesto que passou a simbolizar a solidariedade para com o movimento.
Um porta-voz da NBA disse ao The Athletic que "as equipas estão autorizadas a realizar as suas manifestações antes do jogo como quiserem", referindo-se às circunstâncias únicas da temporada 2020-2021.
Mark Cuban defendeu a postura dos jogadores em ajoelharem-se durante o hino e, em comentários no ano passado e criticou aquilo a que chamou de "Polícia do Hino Nacional".
Sobre a possibilidade de jogadores do Mavericks se ajoelharem durante o reinício da NBA em Orlando, Cuban, disse em julho que ficaria "orgulhoso deles" se "estiverem ajoelhados e forem respeitosos". "Espero juntar-me a eles", acrescentou.
"A Polícia do Hino Nacional neste país está fora de controlo. Se quer reclamar, reclame com o seu chefe e pergunte por que eles não reproduzem o Hino Nacional todos os dias antes de começar a trabalhar", comentou posteriormente no Twitter.
Reproduzir o hino antes dos jogos tornou-se parte da tradição das ligas desportivas profissionais nos Estados Unidos. No entanto, o facto de os atletas decidirem reagir individualmente durnate a reprodução do hino tornou-se uma questão profundamente polémica durante o governo do ex-presidente Donald Trump.
Na altura, Trump atacou os jogadores da National Football League [Futebol Americano], que se ajoelharam durante o hino para chamar a atenção para a injustiça racial, apelidando o ato de antipatriótico.