O setor da Cultura terá uma previsão de despesa de 444,8 milhões de euros para 2017, segundo a proposta de Orçamento do Estado (OE) entregue hoje no Parlamento, o que representa um aumento de 6,2 por cento em relação a 2016..De acordo com o documento, em 2017 está prevista uma despesa total consolidada de 444,8 milhões de euros, ou seja os organismos da Cultura terão mais 26,1 milhões de euros para gastar do que a previsão de despesa de 2016. A despesa efetiva orçamentada para 2017 será de 435,1 milhões de euros..O valor da despesa total consolidada inclui os organismos de Cultura e a RTP, com a estação pública a fixar uma previsão de 235,8 milhões de euros de despesa..Segundo a proposta do Governo, a maioria dos organismos públicos da área da Cultura terá um aumento de verbas para despesas de serviços e fundos autónomos para 2017..O organismo que regista maior aumento de verbas para despesa é o Opart - Organismo de Produção Artística, que engloba a Companhia Nacional de Bailado e o Teatro Nacional de São Carlos, com 23,4 milhões de euros, mais 4,1 milhões de euros do que o estipulado na proposta de OE para 2016..A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) terá 37,5 milhões de euros para gastar, mais 2,5 milhões de euros do que 2016..Para a Cinemateca está prevista uma despesa de 3,8 milhões euros, pouco mais de 600 mil euros em relação a 2016, e o Instituto do Cinema e Audiovisual tem um ligeiro aumento de previsão de despesa para um total de 20,9 milhões de euros (em 2016 foi de 20,7 milhões de euros)..A Fundação Centro Cultural de Belém, liderada por Elísio Summavielle, terá 18,2 milhões de euros, menos 700 mil euros do que a previsão de para 2016..Depois de o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, ter garantido em junho que queria manter o modelo de fundação para a gestão do Parque Arqueológico e do Museu e do Côa, a proposta de OE revela para aquele organismo um aumento de verbas para despesa de 253 mil euros, para um total de 1,1 milhões de euros..A despesa total prevista é ainda justificada pela entrada do Teatro Nacional D. Maria II para o universo dos organismos dependentes da Cultura, depois do processo de reclassificação daquela entidade..Assim, no âmbito das indemnizações compensatórias destinadas ao financiamento do serviço público, o D. Maria II, em Lisboa, terá 5,8 milhões de euros para despesas, enquanto o Teatro Nacional de São João, no Porto, terá 5,1 milhões de euros, em 2017, de acordo com a proposta..Para o aumento da despesa na Cultura entram ainda "os recursos financeiros, nacionais e comunitários" afetos a projetos no âmbito dos programas Portugal 2020.