Críquete. Rapaz de 15 anos bate recorde centenário

Pranav Dhanawade fintou dificuldades financeiras e ganhou fama mundial ao fazer 1009 runs num jogo, batendo marca do século XIX
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Pranav Dhanawade era um entre milhões de adolescentes indianos que sonhavam fazer história no críquete. E não tinha uma vida fácil. O rapaz, de 15 anos, só queria jogar pela seleção de críquete de sub-16 de Bombaim. E o pai, humilde condutor de um riquexó motorizado, procurava patrocinadores que financiassem os "muito caros equipamentos" do filho, mas respondiam-lhe que ele "precisava de ganhar nome". No entanto, no início desta semana, tudo mudou: Pranav ganhou fama (bem para lá das fronteiras de Bombaim) e recebeu promessas de estudos e formação desportiva paga, ao fixar um recorde histórico de 1009 runs (corridas) num jogo.

A façanha de Pranav, conseguida num torneio interescolas (a formação começa no desporto escolar indiano), correu mundo - mesmo para lá dos países com tradição neste desporto, inventado por ingleses e levado por eles para as colónias do império onde o Sol nunca se punha (como Austrália, Nova Zelândia, Índia, Paquistão ou Sri Lanka, atuais potências da modalidade). O feito ganhou tamanha dimensão porque o adolescente indiano conseguiu bater um recorde centenário e por larga margem: o maior número de runs num jogo até aqui (628) tinha sido fixado pelo inglês AEJ Collins, em 1899.

O recorde de Collins (então com 13 anos), alcançado pela equipa da Clarke"s House, num encontro escolar no Clifton College, em Bristol, resistiu desde o século XIX. O autor morreu jovem - em 1914, com 29 anos, a combater em Ypres (Bélgica) na I Guerra Mundial. Mas o nome resistiu nos livros da modalidade. E nem Pranav Dhanawade pensava eliminá-lo: "O meu objetivo nunca foi esse. Apenas joguei da minha forma natural, a atacar desde o primeiro lançamento."

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