Criança morre em confrontos no Cairo
Os confrontos ocorreram durante uma manifestação de apoio a Morsi, atualmente detido e que compareceu em tribunal na passada segunda-feira.
O rapaz morreu em Guizeh, um bairro na zona sul da capital egípcia.
O Ministério do Interior indicou que foram utilizadas armas de fogo durante os confrontos, precisando que outras três pessoas ficaram feridas.
A polícia interveio para separar os elementos das duas fações e fez várias detenções, acrescentou a mesma fonte.
Por seu lado, a agência oficial egípcia Mena relatou, citando os serviços de urgência egípcios, que oito pessoas ficaram feridas em várias situações registadas no país.
Responsáveis dos serviços de segurança egípcios afirmaram à agência noticiosa francesa AFP que a polícia lançou granadas de gás lacrimogéneo para dispersar os confrontos, nomeadamente no Cairo e em Alexandria, a segunda maior cidade do Egito.
Desde a destituição de Morsi pelos militares, a 03 de julho, os apoiantes do islamita têm apelado para a organização de manifestações quase diárias, especialmente na sexta-feira (dia sagrado dos muçulmanos), após a oração semanal.
Milhares de pessoas manifestaram-se hoje em diferentes províncias do país.
Morsi está atualmente a ser julgado por "incitamento ao assassínio" de manifestantes em 2012 e desde a sua destituição o novo poder tem reprimido as manifestações pró-Morsi: mais de 1.000 manifestantes morreram e mais de 2.000 membros da Irmandade Muçulmana foram detidos.
Tal como Morsi, a grande maioria dos líderes do movimento foram detidos e serão julgados por diversos graus de envolvimento no assassínio de manifestantes anti-Morsi quando estavam no poder.
A Irmandade venceu as eleições legislativas em finais de 2011 e Morsi foi eleito presidente seis meses mais tarde.