Um prédio no Largo 5 de Outubro, em Vila Nova de Gaia, e um apartamento na Rua Faria Guimarães, no Porto. É com a venda deste património que a CP quer encaixar, pelo menos, 809 mil euros. O anúncio da venda dos dois imóveis foi publicado neste sábado na edição impressa do jornal Expresso..O prédio de Vila Nova de Gaia, descrito no prospeto de venda como um palacete, tem um preço base de 490 mil euros. O imóvel, situado junto à estação das Devesas, tem 365 metros quadrados distribuídos por quatro andares e um logradouro com 240 metros quadrados..Já o apartamento da Faria Guimarães, no Porto, está à venda por 319 mil euros. A casa fica num primeiro andar e tem uma área bruta privativa de 266 metros quadrados e um terraço com 390 metros quadrados. De acordo com o dossiê promocional, "o prédio tem uma excelente situação geográfica no que concerne à implantação de serviços, relativamente à cidade do Porto, encontra-se localizado numa zona com boas acessibilidades e infraestruturas operacionais. Num raio de 400 existem duas estações de metro: Faria Guimarães e Marquês"..As propostas para a compra dos imóveis devem ser feitas à CP até às 17.00 de 9 de abril. As mesmas serão abertas em ato público no dia seguinte. Segundo a CP, "as propostas serão avaliadas de acordo com o critério da proposta economicamente mais vantajosa"..Depois, "os concorrentes que apresentarem as propostas com os três melhores preços (mais elevados) são convidados a melhorar as suas propostas, num prazo a indicar pela CP, não inferior a dois dias"..Quem adquirir os imóveis terá de pagar o equivalente a 10% do valor proposto na data de assinatura do contrato. O valor restante terá de ser pago no dia da celebração da escritura..No final de 2017 a CP detinha um património imobiliário avaliado em 95,5 milhões de euros. No último relatório e contas disponível, a empresa sublinhava que "um dos objetivos do grupo é proceder à alienação de bens não necessários à sua atividade", essencialmente "edifícios e material circulante"..A CP garantia então que "a gestão de topo encontra-se comprometida no desenvolvimento de ações que possibilitem a concretização dessas alienações, através da prospeção de eventuais interessados quer no mercado interno quer no mercado externo". O DN/Dinheiro Vivo tentou obter esclarecimentos junto da CP sobre a estratégia da empresa para a venda de património imobiliário, mas não obteve resposta até ao momento.