Costa rejeita que referendo sirva de pretexto para excluir a Grécia do euro
O secretário-geral do PS, António Costa, defendeu esta segunda-feira de manhã, numa conferência de imprensa convocada para reagir à vitória do Não no referendo grego, que os resultados não podem servir de pretexto para afastar a Grécia da zona euro, nem podem ser lidos como uma recusa da Europa pelos gregos.
"A decisão soberana do povo grego de rejeitar a proposta de acordo que foi submetida a referendo tem de ser respeitada, como o foram, aliás, em outras ocasiões, deliberações referendárias de outros Estados membros. É absolutamente inaceitável que a recusa desta proposta seja entendida como recusa de participar na zona euro ou possa servir de pretexto para tentar, ao arrepio dos tratados, excluir a Grécia do euro", avisou António Costa
Para o líder socialista, "a afirmação clara da integridade irreversível do euro e a recusa inequívoca de qualquer 'Grexit' é urgente para garantir a estabilidade das condições de financiamento no conjunto da zona euro". Mais à frente, em resposta aos jornalistas, Costa sublinharia que "numa Europa a 28, ninguém pode prometer resultados unilaterais".
O recado também foi dado para consumo interno. "Esta é também uma última oportunidade para o Governo português adotar uma posição construtiva, que sirva o interesse nacional e a urgência para as famílias e empresas portuguesas de virarmos a página da austeridade, relançar a economia e o emprego, e de garantir um novo impulso para a convergência de Portugal com a União Europeia e a confiança no euro."