Costa reafirma confiança em Centeno. Demissão está "fora de questão"

Primeiro-ministro acusa PSD e CDS-PP de se dedicarem "às tricas"
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O primeiro-ministro, António Costa, reafirmou hoje a sua confiança no ministro das Finanças, acusado de mentir no inquérito parlamentar à Caixa Geral de Depósitos (CGD), e acusou o PSD e o CDS-PP de se dedicarem "às tricas".

António Costa fez questão de "deixar clara" a sua confiança em Mário Centeno e afirmou que a demissão do ministro das Finanças, já pedida pela oposição, "está fora de questão".

"Por isso, confiança no ministro das Finanças, admiração de todo o país pelo trabalho que tem vindo a ser feito, não vou perder tempo a dedicar-me àquilo que são tricas, e sobretudo vamos fazer aquilo que temos que fazer que é termos uma CGD forte e bem administrada", afirmou o primeiro-ministro, que falava após uma visita a uma fábrica de produção de componentes de automóveis, em Vila Real.

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O CDS-PP acusou o ministro das Finanças de ter mentido no caso das declarações de rendimentos da anterior administração da CGD. Também o eurodeputado do PSD Paulo Rangel considerou que os "emails e a carta" tornados públicos "provam que Mário Centeno mentiu" e que, por isso, se "deve demitir".

Confrontado com estas acusações, António Costa disse que o PSD e CDS-PP "não têm nada de substancial a dizer" e que, por isso, "dedicam-se àquilo que ontem (quinta-feira) a doutora Manuela Ferreira Leite dizia, e com muita propriedade, serem pequenas tricas".

"Nós não podemos perder tempo com tricas, temos de nos concentrar no essencial e o que é essencial é termos uma CGD forte, continuar a reduzir o défice, aumentar as exportações e o emprego", frisou o Governante.

António Costa acrescentou que "quando ouvem essas tricas sobre o ministro das Finanças" o que as pessoas verdadeiramente "veem no ministro das Finanças é um referencial de confiança".

"Ele conseguiu o menor défice de sempre da nossa democracia, honrou o nosso compromisso de virar a página da austeridade e está a criar condições para que as empresas possam investir", acentuou.

António Costa elencou ainda o "excelente trabalho" de Mário Centeno "relativamente a um desafio que tinha sido adiado pelo anterior Governo e que tem a ver com a estabilização do sistema financeiro".

"Uma após outra, serenamente, cada uma das instituições financeiras tem vindo a encontrar a boa solução. Ainda esta semana foi concluída com sucesso a OPA do BPI, a semana passada tinha sido concluída a operação de capitalização do Millennium, a CGD tem hoje autorização da União Europeia para podermos capitalizar de forma a ser um banco 100% público e um referencial de estabilidade", afirmou.

E frisou ainda que a CGD tem "hoje uma administração que cumpre a lei, as regras da transparência e que está concentrada na execução do plano de negócios da CGD".

O primeiro-ministro cumpre hoje um dia de visita ao distrito de Vila Real, com uma agenda dedicada às empresas e à inovação.

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