A primeira audiência semanal do novo Presidente da República ao primeiro-ministro decorreu ao final da tarde em Belém e durou duas horas e 15 minutos..Porque era importante "de uma vez por todas" esclarecer o assunto, o primeiro-ministro António Costa, falando aos jornalistas em Belém, insistiu, em diversas formulações: "Não há nenhum plano B [para o OE 2016]", o "plano B é o plano A e o plano é aprovar o orçamento e cumpri-lo", "o Governo tem toda a confiança na capacidade de cumprir os objetivos" estabelecidos na proposta, "tem todas as razões para estar tranquilo", "não vale a pena especular", "não tem havido pressão da Comissão Europeia, temos trabalhado de forma muito construtiva"..[artigo:5070671].Seja como for - acrescentou - "devemos estar prevenidos para qualquer eventualidade" (Costa até referiu cenários como mudanças nas políticas do BCE ou alterações nos preços do petróleo) mas só nessa altura é que avançará, se for caso disso, um orçamento retificativo, sendo que o seu objetivo "é o país não estar sujeito à fatalidade" de ter todos os anos orçamentos retificativos. Questionado pelo DN, Costa afirmou que espera ter o OE em vigor antes do dia 1 de abril (a aprovação final será dia 16, seguindo depois para promulgação presidencial)..Quanto à relação com o PR, o primeiro-ministro disse não ver "nenhuma razão para que não corram bem". Na tomada de posse, reafirmou, Marcelo Rebelo de Sousa "fez um discurso onde todos nos podemos rever" e "há muito tempo" que isso não acontecia..Segundo explicou, durante as duas horas e meia de reunião apresentou ao novo Presidente da República a "programação da atividade legislativa" do Governo e procederam-se a "acertos na agenda internacional" do PR, que tem de ser concertada com o Executivo. No 10 de junho deste ano, como nos próximos anos, as cerimónias serão "desdobradas", tendo lugar em Portugal e num país onde haja uma importante comunidade emigrante lusa. Este ano será em Paris..[artigo:5068114]