Costa diz que é necessário prolongar confinamento e aumentar testagem
Esta posição foi transmitida por António Costa na sua conta pessoal na rede social Twitter, depois de mais uma reunião no Infarmed, em Lisboa, sobre a evolução da situação epidemiológica em Portugal.
Em relação aos resultados desta reunião, segundo o primeiro-ministro, poder-se-á "concluir que o atual nível de confinamento está a produzir resultados, quer na redução de casos, como na pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde e também na limitação da circulação da variante britânica".
"Concluímos também que quanto maior for a intensidade do confinamento mais rápidos são os resultados; que os elevados níveis da pandemia requerem o prolongamento do atual nível de confinamento e que é necessário continuar a investir na testagem massiva e na capacidade de rastreamento", frisou o líder do executivo.
Na sua mensagem, António Costa defendeu também que "o nível de confiança dos cidadãos na vacina tem vindo a aumentar".
"Desde que a indústria farmacêutica continue a produzir ao nível agora estimado, conseguiremos alcançar o objetivo de termos no final do verão 70% da população adulta vacinada", acrescentou.
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Após a reunião com o Infarmed, a ministra da Saúde Marta Temido já tinha apontado para um confinamento até meados de março, indicando que o país continua com uma "incidência extremamente elevada" de novos casos de contágio pelo novo coronavírus.
"É bastante evidente que o atual confinamento tem que ser prolongado por mais tempo, desde já durante o mês de fevereiro, e depois sujeito a uma avaliação, mas provavelmente por um período que os peritos hoje estimaram em 60 dias a contar do seu início", afirmou Marta Temido, após uma reunião virtual com especialistas no Infarmed, em Lisboa.
O patamar a atingir é ter "uma ocupação de unidades de cuidados intensivos abaixo das 200 camas e uma incidência acumulada a 14 dias abaixo dos 60 casos por 100 mil habitantes", declarou.
Questionada sobre eventuais alterações ao modelo de confinamento e levantamento gradual de restrições, afirmou que "terá que ser dirigida para um momento posterior", remetendo para as resoluções do conselho de ministros e os decretos do Presidente da República.
Marta Temido indicou que foi pedido aos peritos que cheguem a um consenso sobre "um critério base para reavaliar decisões de alargamento das medidas", reconhecendo que quanto a números de incidência, risco de transmissão e outros indicadores, "os peritos se têm pronunciado em sentidos nem sempre coincidentes".