O primeiro-ministro anunciou hoje que o governo vai lançar um concurso em março para os empreendedores apresentarem projetos e aplicações que possam simplificar os procedimentos da administração pública..O programa, denominado "Start up Simplex", iniciará a fase de candidaturas em março, contando o governo que os projetos selecionados possam ser executados até maio de 2017, revelou..António Costa falava em Aveiro, na sessão da "Volta Nacional Simplex", uma ação participativa do "Simplex 2016", destinada a ouvir autarcas, empresários e cidadãos sobre os principais constrangimentos com que se deparam na administração pública.."Um passo novo que damos na construção deste processo Simplex 2016 é o grande desafio que é lançado à comunidade empreendedora, o 'Start up Simplex', que é o convite que lançamos a todos os que são empreendedores e que têm desenvolvido ou querem desenvolver projetos ou aplicações que permitam servir o Estado, na sua relação com os cidadãos e as empresas, tendo em vista cada vez mais incorporar essa inovação na administração pública", anunciou..Durante a sua intervenção, António Costa sublinhou que "a aposta certa não é fechar serviços que são essenciais, nem ter uma administração mais distante", mas sim "ter uma administração mais próxima, mais inteligente e que seja capaz de ser mais inclusiva"..[artigo:5027996]."Diálogo, proximidade, e espírito de inovação. Essas são as chaves para podermos ter uma administração pública mais simplificada, com menor carga burocrática e que possa fazer o que é essencial fazer com o Estado: dotá-lo de inteligência, proximidade e capacidade de inclusão", reforçou..A simplificação administrativa, segundo o primeiro-ministro, "não é um momento mágico, mas deve ser uma atitude e prática constante, um processo que tem de ser vivido em continuidade", num esforço conjunto ao nível nacional, regional e local, em diálogo com os cidadãos e as empresas..O primeiro-ministro reconheceu que o país tem progredido na última década, no que respeita à simplificação administrativa, dando como exemplo a criação da "empresa na hora", mas considerou que é preciso "ir mais longe" concluindo:."Se pouparmos na burocracia podemos investir melhor no que é essencial e concentrarmo-nos naquilo que devem ser as funções efetivas e reais do Estado. O Estado não pode ser um entrave à competitividade, tem de ter atitude empreendedora com os que investem para ter uma administração pública amiga da competitividade e inovação, o que é essencial para crescer e criar riqueza e postos de trabalho".