"Esta proposta de redução da despesa por via da correção do valor das pensões que estão em pagamento tem que ser somada ao aumento das contribuições que passam a ser exigidas à entidade empregadora pública e que levarão a que o nível de insuficiência que a Caixa Geral de Aposentações apresenta anualmente tenha uma redução na ordem de 1,1 mil milhões de euros", disse o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino..O governante falava no final da última ronda de reuniões com os sindicatos que representam o setor público para discutir a convergência do sistema de pensões e que inclui cortes no valor das pensões em torno dos 10%. . De acordo com a argumentação do Governo, inserida na proposta de diploma hoje discutida com os sindicatos, os descontos dos funcionários públicos financiam apenas 40% das pensões pagas pela CGA, obrigando o Orçamento do Estado a cobrir a diferença, numa situação que o Executivo quer corrigir. ."Este conjunto de propostas dão um contributo muito importante para reduzir o défice e para garantir uma correção daquilo que é a trajetória da insustentabilidade da CGA", disse Hélder Rosalino, acrescentando, porém, que tal "não resolve completamente o problema". .Segundo o secretário de Estado, o Governo deu hoje por concluídas as negociações com os sindicatos sobre esta matéria, "sem prejuízo de ser pedida a negociação suplementar". ."Para nós, a proposta está fechada e em condições de seguir o processo legislativo", disse Hélder Rosalino, acrescentando que o Governo está disposto a aprovar o diploma "tão breve quanto possível, colocá-lo no debate parlamentar e depois em consulta pública". ."Será um intenso debate em torno deste diploma", disse. .Os sindicatos que hoje participaram na última ronda negocial agendada pelo Governo (STE, FESAP e Frente Comum) para discutir a proposta de diploma para convergência das pensões dos sistemas público e privado já avisaram que se mantêm contra os cortes anunciados e vão solicitar a negociação suplementar do diploma..Hélder Rosalino admitiu que esta negociação poderá atrasar a aprovação do projeto de lei em Conselho de Ministros.