Corrupção nas Forças Armadas, espionagem, sangue e vistos

Alguns serão julgados, outros conhecerão uma acusação do Ministério Público. Em comum, são todos altos quadros do Estado apanhados em suspeitas de corrupção.
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Logo no início de 2017, os arguidos do processo dos vistos gold começarão a ser julgados. Entre eles está o ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo e dois dirigentes de topo da Administração Pública: António Figueiredo, ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado, e Manuel Palos, ex-diretor-geral do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Macedo está acusado de três crimes de prevaricação e um de tráfico de influências; Figueiredo responde por 12 crimes, desde corrupção passiva, recebimento indevido de vantagem, tráfico de influência até branqueamento de capitais; e Palos está acusado de um crime de corrupção passiva (cuja vantagem passaria por ter uma boa relação com o então ministro Miguel Macedo) e dois de prevaricação.

O julgamento deverá decorrer durante todo o ano de 2017, durante o qual deverão ser conhecidas várias acusações relativas a processos que se iniciaram neste ano. A começar pelo caso inédito de um espião do Serviço de Informações e Segurança, Frederico Carvalhão Gil, suspeito de vender segredos ao serviço de espionagem russo.

Dos espiões passa-se para as Forças Armadas: vários militares da Força Aérea também deverão ser acusados de corrupção, num esquema de sobrefaturação nas messes, o qual terá lesado o Estado em dez milhões de euros. A fase de investigação do processo sobre as mortes nos Comandos ficará encerrado. Prevê-se uma acusação do Ministério Público, tal como se prevê, mas para finais de 2017, que o médico Cunha Ribeiro seja acusado no caso da compra de sangue.

Fora deste rol de funcionários públicos está o antigo empresário de jogadores de futebol José Veiga, que também espera uma acusação.

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