Coreia do Sul e Japão querem reunião do Conselho de Segurança
Os governos da Coreia do Sul e do Japão condenaram este domingo o sexto ensaio nuclear realizado pela Coreia do Norte e anunciaram que vão solicitar uma nova reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O presidente sul coreano, Moon Jae-in, afirmou que Seul "nunca permitirá à Coreia do Norte continuar a avançar com as suas tecnologias nucleares e de mísseis". Moon também defendeu a aplicação de sanções mais graves por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para aumentar "o isolamento do regime liderado por Kim Jong-un".
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou que o novo teste nuclear representa "uma grave e imediata ameaça à segurança" e que "mina seriamente a paz e a segurança na região".
"Consideramos completamente intolerável que a Coreia do Norte tenha feito um teste nuclear depois de o Conselho de Segurança da ONU ter condenado os seus contínuos lançamentos de misseis balísticos durante este ano", assinalou Abe em comunicado.
O ministro japonês dos Negócios Estrangeiros, Taro Kono, disse que Tóquio e Seul estão em contacto permanente com Washington depois do teste realizado hoje e que tencionam solicitar uma nova reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para analisar a situação.
A Coreia do Norte anunciou ter testado, com sucesso, uma bomba de hidrogénio desenvolvida para ser instalada num míssil balístico intercontinental.
O anúncio do "total sucesso" do teste de uma bomba de hidrogénio, conhecida como 'bomba H', foi feito pela pivô da televisão estatal norte-coreana, horas depois de Seul e Tóquio terem detetado uma invulgar atividade sísmica na Coreia do Norte.
Segundo a KCTV, o ensaio nuclear, o sexto conduzido pelo regime de Pyongyang, foi ordenado pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un.
O anúncio tem lugar depois de, na noite de sábado, a agência oficial norte-coreana KCNA ter garantido que a Coreia do Norte conseguira desenvolver com êxito uma bomba de hidrogénio passível de ser instalada num míssil balístico intercontinental (ICBM).
A KCNA divulgou então uma fotografia de Kim Jong-un junto a uma suposta 'bomba H', acompanhado por cientistas nucleares e altos oficiais do Departamento da Indústria de Munições do Partido dos Trabalhadores, apesar de, como é habitual, não ter facultado detalhes sobre o local nem a data do acontecimento.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) condenou o teste indicando que foi feito em "completo desrespeito pelas normas da comunidade internacional".