Copé diz que não há condições para referendo na UMP

O presidente proclamado do Movimento Popular (UMP), Jean-François Copé, envolvido num braço de ferro com François Fillon pela direção do principal partido da oposição francesa, disse hoje que um referendo aos militantes sobre uma nova votação não é possível.
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"A linha vermelha foi ultrapassada, tiro daí as consequências", afirmou Copé à rádio Europe 1, após a criação oficial do Grupo-UMP pelo ex-primeiro-ministro François Fillon na Assembleia Nacional.

"Agora, serei o primeiro adversário de François Hollande [Presidente] e "vou dize-lo a toda a hora ao gabinete político da UMP", acrescentou, criticando "o espetáculo lamentável que estamos a dar aos franceses".

O secretário-geral da UMP, oficialmente vencedor das eleições internas de 28 de novembro cujos resultados são contestados por Fillon, afirmou que "as condições" para a organização de um referendo "não estão reunidas".

A ideia do referendo surgiu após uma reunião com o ex-presidente e antigo líder do partido, Nicolas Sarkozy. Copé e Fillon tinham aceite, por princípio, celebrar um referendo entre os militantes para determinar se querem que se repitam os comícios internos, depois de várias denúncias de irregularidades e do resultado da primeira tentativa para nomear o novo presidente do principal partido da direita francesa.

Na segunda-feira, o antigo presidente da UMP Nicolas Sarkozy entrou em jogo para pressionar os dois rivais e evitar uma implosão do partido.

Segundo fontes citadas pela agência noticiosa France Presse, Sarkozy defendeu, depois de encontros com os dois políticos, uma nova votação e pediu a François Fillon para não envolver os tribunais, que seria uma estreia no funcionamento interno de um partido em França.

Nas eleições primárias da UMP a 18 de novembro, Copé proclamou-se vencedor por uma diferença de 98 votos, enquanto Fillon denunciou que não se tinham contado mais de um milhar de votos que lhe dariam a vitória.

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