Coordenador do PCP-M lamenta arquivamento e diz que São Pedro não tem todas as culpas

O coordenador do PCP-M, Edgar Silva, lamentou hoje o arquivamento pelo Ministério Público do inquérito às mortes do temporal de 20 de Fevereiro de 2010 e considerou não ser possível atribuir apenas a São Pedro as consequências da catástrofe natural.
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"A intensidade das chuvas contribuíram, mas há um conjunto de outros factores que ampliaram o fenómeno meteorológico e essas causas mais directas não podem ser imputadas a São Pedro", disse, à agência Lusa o dirigente comunista madeirense. A CDU-M apoiou e promoveu, na altura, a apresentação de uma queixa ao Ministério Público no sentido do apuramento das causas e das responsabilidades pela morte de 48 pessoas provocadas pelo temporal. Edgar Silva considera haver responsabilidades políticas que "deveriam ter sido apuradas pelo parlamento", adiantando que a maioria do PSD-M impediu a criação de uma comissão parlamentar de inquérito".

"No dia 20 de Fevereiro de 2010 dificilmente se poderão imputar a São Pedro as responsabilidades políticas e criminais pelo que aconteceu", realça. "O mais fácil, lamentável e infelizmente, é arquivar. Levar por diante iria envolver muito colarinho branco", concluiu o deputado do PCP-M. O secretário regional dos Assuntos Sociais da Madeira disse hoje que o arquivamento pelo Ministério Público do inquérito às mortes provocadas pelo temporal de 20 de Fevereiro "é o culminar de um processo doloroso para as famílias".

O jornal Público noticia hoje que o "Ministério Público, na investigação feita ao temporal de 20 de fevereiro de 2010 na Madeira, não encontrou indícios que permitam imputar a morte de qualquer das 48 vítimas a ato humano, voluntário ou meramente negligente", acabando por concluir que todas as mortes resultaram de "causa natural".

O temporal de 20 de fevereiro causou 48 mortes e sete desaparecidos e 1080 milhões de euros de prejuízos.

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